Von Syna auf 16.12.2022
Kategorie: Português

A voz da juventude

A idade média dos deputados na Suíça é de 49 anos e a sua realidade de vida está muitas vezes longe da dos jovens. Os mais novos devem, portanto, poder fazer ouvir a sua voz e influenciar o processo político através de instituições específicas. Uma delas é a Jeunesse.Suisse, a organização juvenil da nossa organização guarda-chuva, a Travail.Suisse.

Mundos de vida e profissionais muito diferentes encontram-se quando o Conselho da Juventude se reúne em Lucerna na sala de reuniões do Hôtel et Gastro Union. Por exemplo, um padeiro qualificado que agora trabalha numa agência de comunicação conversa com um especialista em restauração, enquanto um cozinheiro dietético fala com um engenheiro de automação. Todos partilham a visão de um mundo de trabalho mais justo e virado para o futuro. Hoje, debatem a política de formação.

É necessária uma ofensiva na formação

Gabriel Fischer, responsável pela política de formação da Travail.Suisse, apresenta o tema. "No passado, a formação contínua não era obrigatória. No entanto, o mundo do trabalho mudou muito e está a evoluir cada vez mais depressa", diz, e acrescenta: "Hoje, as trabalhadoras e os trabalhadores têm de estar prontos para atividades de formação contínua. É importante que os empregadores os apoiem neste esforço e que as autoridades públicas tornem a qualificação acessível a todos." Para ser eficaz, a formação inicial e contínua deve basear-se em quatro pilares: deve ser acessível, financeiramente abordável, o empregador deve disponibilizar tempo, e a informação sobre as várias ofertas de formação inicial e contínua deve ser acessível a todos.

Começar a aprendizagem demasiado cedo?

Os jovens por vezes escolhem a sua formação inicial logo aos 13 anos, depois de breves participações no mundo do trabalho. Nicolas, membro da Jeunesse.Suisse, decidiu fazer a aprendizagem na comunicação na hotelaria após apenas duas horas de ensaios na receção de um hotel. Não é muito para uma decisão tão importante. Em geral, os participantes prefeririam um apoio mais intensivo na procura de um posto de aprendiz. Todos consideram que as atuais ofertas dos centros de informação profissional são insuficientes. Consideram que estes centros e o ensino recorrente especializado (Matur/maturité) devem ser expandidos. O quarto ano de formação pós-obrigatória deve deixar a sua reputação de último recurso para estudantes sem posto para formação. Durante este ano extra, os alunos teriam tempo para fazer estágios durante vários meses e descobrirem mais profundamente o rumo que querem dar à sua carreira profissional.

Acompanhamento da carreira em vez de orientação profissional

Seria desejável um acompanhamento mais estreito, não só antes da aprendizagem, mas também durante e depois. Os participantes sugeriram o preenchimento de um questionário antes de cada entrevista de avaliação, completado tanto pelo empregador como pelo trabalhador. Este questionário proporia diferentes possibilidades de formação e de aperfeiçoamento e identificaria potenciais desafios específicos do sector. Alguns participantes até imaginam uma ferramenta online que acompanharia os trabalhadores ao longo da sua vida profissional.

Foi redigido um documento com posições baseadas nas várias ideias e revindicações discutidas; que foi entregue a Travail.Suisse e a Gabriel Fischer, que apresenta as revindicações de Jeunesse.Suisse nas várias comissões a nível nacional.

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